Medida Provisória nº 308, de 29 de junho de 2006

DOU

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 308, DE 29 DE JUNHO DE 2006

 

 

 

Fixa o subsídio dos cargos das Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal.

 

O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de Lei:

 

Art. 1º A partir de 1º de setembro de 2006, passam a ser remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, os titulares dos cargos das seguintes carreiras:

 

I – Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal; e

 

II – Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal.

 

Parágrafo único. Os valores do subsídio dos integrantes das carreiras de que trata o caput são os fixados nos Anexos desta Medida Provisória.

 

Art. 2º Estão compreendidas no subsídio de que trata o art. 1º e não são devidas as seguintes parcelas remuneratórias:

 

I – Vencimento Básico;

 

II – Gratificação de Atividade – GAE, de que trata a Lei Delegada nº 13, de 27 de agosto de 1992;

 

III – Gratificação por Operações Especiais – GOE;

 

IV – Gratificação de Atividade Policial;

 

V – Gratificação de Compensação Orgânica;

 

VI – Gratificação de Atividade de Risco;

 

VII – Indenização de Habilitação Policial Civil;

 

VIII – Vantagem Pecuniária Individual, de que trata a Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003;

 

IX – vantagens pessoais e vantagens pessoais nominalmente identificadas – VPNI, de qualquer origem e natureza;

 

X – diferenças individuais e resíduos, de qualquer origem e natureza;

 

XI – valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial;

 

XII – valores incorporados à remuneração referentes a quintos ou décimos;

 

XIII – valores incorporados à remuneração a título de adicional por tempo de serviço;

 

XIV – vantagens incorporadas aos proventos ou pensões por força dos arts. 180 e 184 da Lei no

 

1.711, de 28 de outubro de 1952, e dos arts. 190 e 192 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;

 

XV – abonos;

 

XVI – valores pagos a título de representação;

 

XVII – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

 

XVIII – adicional noturno;

 

XIX – adicional pela prestação de serviço extraordinário; e

 

X – outras gratificações e adicionais, de qualquer origem e natureza, que não estejam explicitamente mencionados no art. 4º desta Medida Provisória.

 

Art. 3º Os servidores integrantes das Carreiras de que trata o art. 1º desta Medida Provisória não poderão perceber cumulativamente com o subsídio quaisquer valores ou vantagens incorporadas à remuneração por decisão administrativa, judicial ou extensão administrativa de decisão judicial, de natureza geral ou individual, ainda que decorrentes de sentença judicial transitada em julgado.

 

Art. 4º O subsidio dos integrantes das carreiras de que trata o art. 1º não exclui o direito à percepção, nos termos da legislação e regulamentação específica, das seguintes espécies remuneratórias:

 

I – gratificação natalina;

 

II – adicional de férias; e

 

III – abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.

 

Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se à retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento e às parcelas indenizatórias previstas em lei.

 

Art. 5º Aplica-se às aposentadorias concedidas aos servidores integrantes das carreiras de que trata o art. 1º, e às pensões, o disposto nesta Medida Provisória, ressalvadas aquelas reguladas pelos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004.

 

Art. 6º A aplicação do disposto nesta Medida Provisória aos servidores ativos, aos inativos e aos pensionistas não poderá implicar redução de remuneração, de proventos e de pensões.

 

§ 1º Na hipótese de redução de remuneração, de provento ou de pensão, em decorrência da aplicação do disposto nesta Medida Provisória, eventual diferença será paga a título de parcela complementar de subsídio, de natureza provisória, que será gradativamente absorvida por ocasião do desenvolvimento no cargo ou na carreira por progressão ou promoção ordinária ou extraordinária, da reorganização ou da reestruturação dos cargos, das carreiras ou da remuneração referidas no art. 1º desta Medida Provisória, da concessão de reajuste ou vantagem de qualquer natureza, bem como da implantação dos valores constantes dos Anexos.

 

§ 2º A parcela complementar de subsídio referida no § 1º estará sujeita exclusivamente à atualização decorrente de revisão geral da remuneração dos servidores públicos federais.

 

Art. 7º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

 

Art. 8º Ficam revogados, a partir de 1º de setembro de 2006:

 

I – os arts. 6º a 8º e o Anexo III da Lei nº 9.264, de 7 de fevereiro de 1996;

 

II – o art. 1º da Lei nº 10.874, de 1º de junho de 2004;

 

III – o art. 4º e o Anexo da Medida Provisória nº 2.184-23, de 24 de agosto de 2001; e

 

IV – os arts. 24, 26 e os Anexos VI e VII da Lei nº 11.134, de 15 de julho de 2005.

 

Brasília, 29 de junho de 2006; 185º da Independência e 118º da República.

 

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

 

Mário Thomaz Bastos

 

Paulo Bernardo Silva